Mineração

A América Central e do Sul sempre foi rica em recursos minerais. Os achados arqueológicos permitem concluir que a sua utilização remonta à era pré-colombiana. Já em 200 a.C., na costa que corresponde atualmente ao Equador, as culturas Bahía e Tolita introduziram inovações técnicas no trabalho do ouro, do cobre e do chumbo. Desde o início do período colonial, por volta de 1500, e até 1560, a principal mercadoria exportada da América Hispânica era o ouro. A partir da década de 1540, a mineração da prata foi ganhando importância, sendo as explorações em Potosí na Bolívia e na região mexicana de Zacatecas as mais importantes.

No seguimento da economia de exportação forçada, na segunda metade do séc. XIX, alguns dos jovens estados latino-americanos especializaram-se em mercadorias específicas: o Chile focou-se na exploração de nitrato de potássio e de cobre; o México manteve a sua ligação tradicional à mineração da prata e o Peru à exploração do ouro. No início do séc. XX, a mineração conheceu um boom, sobretudo nos enclaves de mineração patrocinados pelos investidores estrangeiros. Cenas do quotidiano laboral nas minas, que não correspondiam à realidade, mas que representavam um ideal, eram frequentemente retratadas nas notas bancárias, sobretudo nas regiões mineiras da América Central e do Sul. Especialmente as emitidas diretamente pelos emissores privados ou pelos bancos privados que operavam nestas áreas de investimento isoladas, e se os trabalhadores daquelas áreas fossem pagos com este papel-moeda.

Costa Rica 1901–1908, operários a trabalhar com picareta e carrinho de mão: até no início do séc. XX, eram poucas as ferramentas técnicas utilizadas na mineração.

Bolívia 1911, Potosí no sopé do Cerro Rico (montanha rica em português) repleto de túneis para mineração: aqui, desde o séc. XVI que se extraía prata continuamente e cada vez mais também zinco.

México 1913, mineiro com martelo pneumático e um macaco hidráulico: as inovações técnicas fazem aumentar a rentabilidade no começo da fase de boom da mineração, no início do séc. XX.

Peru 1947, mineiros calibram um martelo pneumático, que ainda hoje continua a ser a ferramenta mais importante nas minas da América Latina.