Economia de plantação

Os primórdios da economia de plantação na América Latina remontam ao início da era colonial. No entanto, foi apenas no séc. XIX, com a entrada da América Central e do Sul no mercado internacional, que começaram a aparecer grandes plantações. Estas ocupavam áreas enormes e, em parte, tiveram um papel determinante na história de economias nacionais inteiras. O cultivo da bananeira nos países da América Central é emblemático deste desenvolvimento. Também outros estados se caracterizavam por monoculturas extensivas. Por exemplo, a Argentina especializou-se em trigo e o Brasil em algodão, café, cacau e açúcar. No Equador e na Guatemala, as principais culturas eram o cacau e o café, respetivamente. O Peru era conhecido pelos seus campos de algodão e o México pelas suas plantações de cochonilhas-de-escama, insetos que eram usados na produção de corantes.

Geralmente, as notas bancárias ostentam cenas de colheitas idealizadas. Embora a escravatura fosse sendo sucessivamente abolida na América Latina, no séc. XIX, as condições de trabalho existentes nas grandes plantações – por norma, propriedade de investidores estrangeiros – não eram propriamente as melhores.

Guatemala 1900, colheita numa plantação de algodão: além do café, a Guatemala também exportava grandes quantidades de algodão.

Colômbia 1904, trabalho numa plantação de cana-de-açúcar: apesar de a escravatura ter sido proibida na Colômbia em 1852, as condições de trabalho nos campos de cana-de-açúcar pouco ou nada melhoraram.

México 1913, colheita de trigo no México: as ceifeiras puxadas a cavalo passaram a ser usadas a partir do séc. XIX.

Guatemala 1947, plantação extensiva na Guatemala: em segundo plano, um dos muitos vulcões do país, graças aos quais os solos da América Central são tão férteis.